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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto e biografia:  https://pt.wikipedia.org/

 

SERGUÉI IESSIÊNIN

                    (  Rússia  )

Serguéi Iessiênin (em russo: Сергей Есенин) (Konstaninovo, 3 de outubro de 1895 — Leningrado, 28 de dezembro de 1925) foi um poeta e o maior expoente do chamado Imagismo russo, sendo da mesma geração de Vladimir Maiakóvski.

Considerado um dos maiores poetas russos do início do século XX, foi casado com a bailarina Isadora Duncan.

Suicidou-se num quarto do Hotel Inglaterra. Morreu enforcado e escreveu um poema de despedida com seu próprio sangue. Seu suicídio causou grande impacto na opinião pública, e Maiakovski escreveu um poema crítico em resposta ao suicídio e ao poema suicida de Iessenin, de cuja poesia era grande admirador.

 

POESIA RUSSA MODERNA. Nova antologia.  3ª. edição.  Traduções de Augusto e Haroldo de Campos. Prefácio, resumos biográficos e notas; Boris Schnaiderman.  São Paulo, Editora Brasiliense S.A, 1985.   292 p.         Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Outono

Égua rubra alisando as crinas:
O outono na calma dos símbolos.

Sobre a margem terrosa e áspera,
O tinido azul dos seus cascos.

Monge-vento, passo medido,
Pisa as folhagens do caminho.

E beija o Não-Visível — Cristo,
Chagas vermelhas entre arbustos.

1914. (Tradução de Haroldo de Campos)



Do Poema Pomba do Jordão

O céu — um sino.
A lua – língua.
Mãe – pátria minha.
Eu – bolchevique.

Onde tudo é amigo,
Tudo lindo, rindo,
Eu canto o fim do
Mundo antigo.

Alto e bom som
Retumbe na tua
Tumba o sino azul
Como aquela lua.

Mundo de amar,
É boa a espera.
Ouço no ar
Nova era.

1918  (Tradução de Augusto de Campos)



De Naves-Eguas

1

Quando o lobo ulula para a lua
É porque as nuvens destroçaram o céu.
Ventres rasgados de éguas,
Negras velas de corvos ao léu.

O azul não cravará as garras
De escarro-esgoto dos ciclones.
Desfolha-se ao nitrido das borrascas
O jardim auriconífero dos crânios.

Ouvis os sons que golpeiam o escuro?
São os ancinhos da aurora pelos prados.
Com remos de braços decapitados
Remais para a terra do futuro.

Navegai para os altos horizontes!
Lançai gritos de corvos do arco-íris!
Logo a árvore branca deixará cair
Uma folha amarela — a minha fronte.


5

Quero cantar, cantar, cantar, cantar!
Eu não ofenderei cabra nem lebre.
Se há algo na vida que nos faz chorar
Algo também nos faz ficar alegres.

A maçã da alegria todos portam,
Mas o assobio do ladrão nos ronda.
E o outono, sábio jardineiro, um dia corta
Uma folha amarela — a minha fronte.

Há uma só senda no jardim da aurora.
Vento de outubro corrói a floresta.
Para conhecer tudo e não ter glória
Veio ao mundo o poeta.

Veio para beijar as vacas
E ouvir no coração o triturar da aveia.
Cava, foice de versos, cava!
Vai, sol-arbusto e for-semeia !

      ***

 

Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro futuro.

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo.

 

*

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Página publicada em maio de 2023

 

 

 
 
 
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